1. Gírias
  • Girias Cearenses

Butar buneco!: Se divertir!
Diabéisso?: O que é isso?
Deixe de arrudei! - Pare de enrolar!
É bem pixototim! - É bem pequeno!
Ele é chei do leriado!: Ele é conversador!
Ele é muito estribado!: Ele é muito rico!
Ele é môco!:Ele é surdo!
Ela pelejou quissó!: Ela tentou bastante! "
Ele só quer ser as pregas!: Ele quer ser muita coisa!
Isso é miolo de pote!: Isso é besteira!
No rumo da venta!: Em frente!
O caba é morto dentro das calça!: Ele é preguiçoso!
O bicho é lesado!: Ele é lento!
Peço penico!: Eu desisto!
Rai te lascar!:Vá para o inferno!
Rebole no mato!: Jogue fora!
Rumbora, negada!: Vamos embora pessoal!
Se avexe não!: Não se preocupe! (Take it easy!)
Só o mi!: Muito bom!
Só andam encangado!: - Só andam juntos!
Tá fumando numa quenga!: Tá com muita raiva!

  • Girias Fluminenses

Ficou na pista: Deu mole em alguma coisa, passou vergonha
Vacilou: Marcou bobeira
Puxar um beck :Fumar droga
Zoar ou Zueira:Fazer bagunça
Nóia: Usuário de droga, que trafica, drogado
Fita forte: Produto de roubo
Dar um rolê: Passear, sair
Ei tá preula: Ficar impressionado
Bagulho: alguma coisa (como folha, carro e etc)
Marola: Cigarro de maconha
Ficou pequeno : Ficou mal falado
Queimou meu filme: fizeram fofoca a respeito de você
Rasga: Sai correndo, sai daqui
Gás : Muito rápido
É fria: É perigoso
Dar uma: Transar
Socado: Carro rebaixado
Bicuda ou dedão: Chutar a bola com força
Porrada: Soco
Sentar o dedo: Dar um tiro, matar alguém
Cabuloso: Muito bom, impressionante, sensacional
Quebrou: Arregassou, melhor do que alguém
Mano: Alguém
Truta: "Guarda costas", segurança de alguém
Trampo/Trampar: Trabalho
Uma pá de vezes: Muitas vezes
Pipá: Usar drogas
Encher linguíça: Falar muito e explicar pouco
Mili duk: Muito tempo
Mó cara: Muito tempo
Busão: Ônibus
Komboza: Perua, Lotação
Pipoco: Tiro
Gambé: Polícial
Coxinha: Polícial
Traveco: Travesti (Homem que virou mulher ou virse versa)
Queimar pedra : Fumar crack
Queimar rosca : Praticar sexo anal
Mocréia: Mulher feia
Fubanga da peba: Mulher mais feia ainda
Muamba: Produtos importados do Paraguai
Cabrito: Algo não original
Bobó : Ânus
Legal : Algo bom, divertido
Colarinho branco: Presidente
Paga pau: Aquele que admira as coisas dos outros
Bater um fio: Dar um telefonema
Sarado (a): Menino (a) muito bonito
Tomar bomba: Injetar anabolizante
Fica na moral: Fica quieto, calado
Ter moral: Certa pessoa que é respeitada em algum lugar
Papa anjo: Pessoa que namora alguém mais novo do que si própria
Micreiro: Pessoa que mexe com micro - computadores
Bater uma xepa: Almoçar
Dar área: Ir embora
Vaza daqui: Saia deste lugar
Cola lá: Vá lá
Treta: Briga
Baguá: Legal
Massa: Legal
Mané: Pessoa desligada
Caixotão: Ônibus
Frizek: Gay
Dá um perdido: Se despistar de alguém
Larica: Fome
Sapeco: Tiro na cara
Tô à pampa: Estou legal
Aviãozinho: Leva e tráz drogas
Mó comédia: Otário que é cheio de querer
To na seca: Vontade de fumar um beck
Palitó de madeira: Caixão
Ta na roça: Ta perdido
Paia: Um cara chato
Só: Entendi
Pode crê : Tá confirmado
Massa: legal
Largar: ir embora
Papo de elefante : conversa chata
Brogoió: pessoa idiota
Fuá: bagunça
Pingo: garota que transa com todos os garotos que fica
Bater um lero: ter uma conversa séria
Remador: motorista de ônibus
Latão: Ônibus
Pinta: Cara, pessoa
Carrinho: Skate
Carango : carro
Banzo: ônibus
Tá ligado: entendeu
M.C.: mestre de cerimônia
Sacou?: entendeu
Dar um mix: dar uma volta
Bira, birita : bebida
D.J.: disque joquei
Bronca : xingar, falar
Tchuco: Bêbado
Pauleão: Cara chato, um babaca
Chinelão: um sem moral
Style: que anda sempre na moda
China véia: cara horrível
Puro suco: menina sarada
Porqueou: Gorfou
De rocha: Papo sério ou de verdade
Chegado: Amigo
Colado:Mais que amigo
Kula:homossexual
Papo estranho: Conversa de gay
Baú: ônibus
Pega o beco:Sair fora ou ir embora
Meter os ganho: Fazer um assalto
Grilado: Preocupado
Os cana: Policia
Bacana:Playboy
Serrote: Quem pede cigarro
Curtir um peso: Ouvir um rap
Negode: Pagode bem ruim
Dona: Namorada
Birita: Bebida
Gel: Cerveja
Frevo: Festa
Prego: Mané ou otário
Pelada: Jogo de Futebol
Carreta :Carro Zero
Bala: Bem conservado
Camelo :Bicicleta
Esparro: Coisa exagerada
Boca: Lugar onde se vende drogas
Cabaço: Virgem
Barão: Quem comanda a boca
Bodinho: Playboy
Brau: Cigarro de maconha
Bucho de lama: Pessoa barriguda
Cachanga: Casa
Cair na pilha: Acreditar em alguma mentira
Cantar de galo: Querer comandar os agitos
Cantar pra subir: Ir embora
Capa o gato: Ir ou Mandar alguém embora
Casinha: Enganar alguém para poder roubá-la ou matá-la
Descer a lenha : Brigar com alguém
Dar um balão: Pegar alguma coisa emprestada e não devolver
Deu bolo: Não ir ao lugar que marcou com alguém
Dar o bote: Pegar alguém em flagrante ou roubar alguém
Perdido: despistar alguém
Dindin: Dinheiro
O ouro ou Veneno: Alguma coisa boa
Lenda: Mentira
Escarro: Tirar alguém de tempo, ou não querer alguém por perto
Pega-ninguém: Pessoa que não consegue beijar ninguém
Ficar nas manha: Ficar quieto
Filé: Mulher bonita
Grog ou Mamado: Bêbado
K.Ô: Mentira
Mala: Alguém metido a bandido ou ladrão
Se Amarrar em alguém: Gostar de alguém
Na moita ou Nas mocó: Escondido
Não botar fé: Não acreditar
Tora: Pessoa forte
Pagar sapo: Discutir com alguém
Pagar vecha: Passar vergonha
Picado: Um só cigarro
Saca: Entendeu !
Sarta de banda: O mesmo que 'some daqui'
Se ligar: Ficar esperto
Catiando: Negar alguma coisa
Tá de chico: estar mestruada
Inflamado: Tá cheio
Ter as moral: Ter coragem
Tira onda: Chamar a atenção
Tora rego: Quem usa calsa apertada
Trocar Idéia: Converçar com alguém
Chepala:- Chevete com motor de opala
LP: Lança perfume
Rato: Esperto
Mão leve: Ladrão , faz pequenos furtos com rapidez e facilidade

  • Gírias Gaúchas

Acolherar; Acolherar-se: Unir, juntar, juntar-se, associa-se.
Alambrado: aramado; cerca feita de fios de arame.
Amargo: Chimarrão, mate amargo.
Apear: Descer; apear-se do cavalo.
Bagual: Potro recentemente domado, arisco, bisonho.
Bergamota: tangerina, mexerica.
Bochinche: Desordem, briga; baile de ínfima classe.
Bolicho /e: Pequena casa de negócio; taverna,. Bodega.
Bueno: bom; está bem; perfeitamente.
Cambicho: Apego, paixão, rabicho.
Campear: Procurar pelo Campo.
Cana, canha: cachaça, aguardente.
Carreira: Corrida de cavalo, em cancha reta.
Cevar mate: Fazer o chimarrão e servi-lo às pessoas.
Charlar: Conversar, prosear.
Chasque: Mensageiro pessoa que leva recados.
Chula: Dança em torno de uma lança colocada no chão.
Com o pé no estribo: Prestes a partir.
Crioulo: Natural de um determinado lugar, aborígene.
De vereda: Imediatamente, logo a seguir.
Despacito: Devagar, pouco a pouco.
Entrevero: Desordem, confusão de pessoas, mistura.
Espichar a canela: morrer.
Flete: Cavalo bom e de bela aparência; cavalo.
Gaudério: Pessoa que viaja muito; gaúcho; errante.
Guaiaca, rastra: Cinto largo de couro macio.
Guaipeca, cusco: cão vira-lata; cão pequeno.
Guapo : Forte, valente, bravo.
Guasca: Tira de couro cru; guapo; gaúcho; valente.
Guri, guria: Menino, menina.
Juntar os trapos: casar
Lambada: relhada, laçaço.
Lambão: porcalhão, imundo.
Macanudo: Superior, poderoso, forte, rico
Maleva: Malfeitor, perverso, mau
Matambre: carne entre a costela e o couro
Matahambre: Mata fome.
Matear: Tomar mate, tomar chimarrão, chimarrear.
Matungo: Cavalo velho, ruim, imprestável
Naco, naca: Pedaço, porção, fatia.
Pandorga: Pipa, papagaio de papel.
Passar um pito: Repreender, descompor.
Patrão-grande, Patrão-Velho: deus.
Pechada: Choque, encontrão dado no peito.
Pelego : Pele de ovelha, com a lã natural.
Peleia: Contenda, briga, dispuda.
Pilcha: vestimenta típica do gaúcho; jóia.
Pingo: Cavalo bom, corredor, vistoso, fogoso.
Pulperia: venda, bodega,bolicho/e; casa de negócio, taverna.
Querência: Pago, lugar onde se nasceu, o rincão, o lar, a pátria.
Recavém: Traseiro, nádegas; parte traseira das carretas.
Redomão: Cavalo novo, sendo domado, ainda não bem manso.
Relancina: Repente, rapidez; repentinamente.
Retovar: Vestir com couro; envolver em couro.
Taita: Indivíduo valentão, destemido; em quíchua é Pai.
Tarecos: Móveis velhos; objetos sem valor.
Tererê: Chimarrão com água fria.
Trompaço: Encontrão, choque, bofetão, pechada.
Xerenga: faca velha, ruim.

  • Gírias Baianas

A locé: como bem quer
A par de: do lado
A toque de caixa: imediatamente
Abrir o chambre: fugir
Acompanhar farrancho:meter-se em complicações
Alcaides: coisa fora de moda, ruim
Alodê, arigofe, pau-de-fumo: homem muito preto
Aprontar-se: trocar de roupa para fazer alguma coisa
Aqui d'el-rei: socorro
Armar-se cavalheiro: tomar coragem
Azuretado: confuso
Babaquara: senil
Bacuejo: meio banho de asseio
Bacuar e lambicar: destilar coriza
Bangalafumengas: gente sem estilo, de baixa condição
Banguela: desdentado
Berimbela: teia de aranha suja
Bleforé e caga-fumo: bailes de ínfima categoria
Borocotó: lugar cheio de buracos
Caboré: vasilha de barro destinada a aparar o café coado
Cabuleté: pessoa escura e sem linha
Cacareco: móveis velhos
Cacumbu: faca pequena
Cacundé: coisas guardadas no fundo da mala
Cafuringa: coisa miudinha
Califom: sutiã
Calundu: mau humor periódico
Calunga:rato pequeno
Carpina: carpinteiro
Castelo: casa suspeita
Charro: comum demais
Chué: ordinário
Consumição: aborrecimento
Consumido: preocupado
Cornetão-de-semente: marido traído conscientemente
Correr a coxia: labutar, trabalhar muito, debochar-se
Corró: baixinho
Dar de corpo ou desobrigar-se: defecar
De déu em déu: sem pouso
De primeiro: antigamente
Desassuntado: sem-vergonha
Disse que disse: fuxico
Esbregue, pito, sabão ou sabonete: reprimenda
Espandongado: esfrangalhado
Estar no trinque: bem vestido
Esvarar: entrar sem pedir licença
Fátima: qualquer espécie de esmalte para as unhas
Fazer praça: gabar-se
Ficar na orça: ficar sem nada
Fifó, bebiano, fumante: pequeno lampião a querosene, feito com um frasco e uma torcida, sem manga
Frio de sal: com pouco sal
Função: festa
Lodaça: vantagem ou mentira
Lorde: bem vestido
Mandu: trapalhada
Maroto: beliscão com o nó dos dedos
Moça ou moça de casa: virgem
Moderno: jovem
Mulher-dama: mulher de vida livre
Obra de: cerca de
Pabo: fidalgo, pábulo
Piloto: estrábico
Pongar: pegar um veículo em movimento
Prumode, pru via: por causa
Pucumã: teia de aranha
Quarar: expor ao solRalar: socar
Rechiar: reforgar
Reinar: brincar, fazer travessura
Remanescido: enleado
Roscofe:objeto ordinário
Saitica: moça assanhada
Sair de casa: desvirginar-se
Saluço: soluço
Salvar: saudar
Subir na serra: despontar-se, ficar furioso
Suco do bambambam: muito bom
Sumana: semana
Tabaréu: acanhando
Taboca: logro
Tebas: valentão
Tocar fogo na canjica ou pôr fogo na canjica: precipitar as coisas
Tocar o Frederico: ir embora
Tomar na cuia dos quiabos: ser logrado
Trempe: gente ruim
Trimamoca: coisa difícil
Viva quem vence: casa sem governo
Viva de chapéu de sol: descompostura grossa
Vadiar na tina de dendê: esbofar-se
Verter água: urinar
Vexado: apressado
Xebé: pouca valia
Xixilado: comum demais
Xixilé: mal-vestido, chineludo
Zoró: danado da vida
Cabeça-de-prego: qualquer pequena tumoração em criança
Carneiro: mioma
Canto-de-passarinho: feridinhas no canto da boca
Catapora: varicela
Carregamento de olhos: inflamação nos olhos
Caruara: fraqueza das pernas
Doença-do-vento: congestão
Dor-de-madre, dor-do-mês ou dor-de-boi: cólica menstrual
Espinhela caída: nome vulgar de várias doenças atribuídas a uma suposta queda do esterno
Fraco: tuberculosoJudiadeira: doença sem diagnóstico formado
Ligeira: diarréia
Macônia: melancolia
Mal-do-monte: erisipela
Malina: febre pestilenta
Mardita: eripisela; tumor na ponta dos dedos
Merma: erupção cutânea de fundo sifilítico
Mula: adenite inguinal venérea
Pano: pitirises versicolor
Papeira: parotidite infecciosa
Pereba: pequena tumoração purulenta
Puxamento: asma
Quipá: equizema ou coceira
Resfrialdade: principio de tuberculose
Sangue-novo: qualquer erupção alérgica
Sapiranga: blefarite ciliar Sezão: impaludismo
Tiriça: icterícia
Urinas-doces: diabetes
Vexame: desmaio ou falta de ar

  • Gírias Mineiras

Abano: denominação particular dada à peneira sem furos, cuja destinação é soprar cereais, limpando-os de resíduos, como palha, cascas, terra. A peneira de sessar tem o pano crivado de furos, que tem diâmetros variáveis, segundo a função específica.
Agaravios: apetrechos, coisas, armas e implementos destinados ao seu porte.
Aleijo: deformidade fisica, aleijão
Bacurim: o leitão que ainda amamenta
Barango: diz-se de pessoa ou de coisa de mau gosto, barata, fora de moda, cafona
Beira-mar: cantiga de canoeiros, ao compasso das vogas ou dos remos, no rio Jequitinhonha.
Bembeu: pessoa raquítica, mirrada; bezerro enjeitado
Bistontado: adoidado. Sinônimos populares mais comuns: amalucado, biruta, desequilibrado, da bola virada (ou virado da bola), detraquê, fraco da idéia, gira, pancada, perturbado, pirado, tantã, ter um parafuso de menos ( ou uma telha quebrada), zoró, zoronga, zorongado, zorongo, zureta.
Bololô: confusão, briga, dificuldade
Bonserá: casa de cômodos, cortiço, habitação coletiva de baixa categoria (Belo Horizonte).
Boque: isqueiro rústico, feito com ponta de chifre Sinônimos populares: artifício, binga
Breguete: coisa, objeto. Sinônimo popular comum: trem. Brol: pequena mauser, de boldo e de má qualidade
Bruto: araticum do cerrado, dos grandes. Sinônimos populares: cabeça-de-negro, panã, marolo(ô).
Burgaliana: tecido listrado, de algodão
Calumbim: mata de espinheiros
Cariá: demônio familiar que atenaza as pessoas, sendo necessário que se benza a casa para que se vá
Cata-risco: superstição, tabu, que impede que se pisem ou saltem riscos no chão
Cazumba: rês morta em atoleiro, mordida de cobra, doença ou acidente. Sinônimo popular: morrinha.
Chá-de-caldeirão: festinha que amigos íntimos do noivo lhe oferecem, poucos dias antes do casamento
Chatilene: corrente de relógio Sinônimo popular na mesma região: gonda.
Cobó: estribo de sola
Comporta: atenção que se dá a alguém
Consolo (ô): bico, mamilo plástico ou de borracha para crianças.
Currutela : gentinha, ralé, arraia-miúda, refugo social, zé povinho.
Desarnado: desbastado, falando-se de um objeto que se faz de madeira, e já adquiriu o formato da coisa; não porém, a forma definitiva ou desejada.
Divulgar: enxergar quase nada ou ver mal e rapidamente os objetos.
Doença-do-ar: hemiplegia.
Embrecho: mancebia. Dificuldade, problema difícil de ser removido. Empecilho, complicação.
Entangado: diz-se do tecido grosso, encorpado.
Entrunfado: amuado, aborrecido, mal-humorado, emburrado
Esgandaiado: diz-se de quem está com o cabelo desarrumado, despenteado, desgrenhado, assanhado.
Espírito-santo-de-orelha: aquele que, agindo às ocultas, traz dificuldade a alguém.
Estriziado: magro, desbarrigado
Facão: termo pejorativo para designar moça velha
Franga: recusa para dançar ou namorar. Sinônimo popular: taboba.
Frisete: grampinho de pernas sobrepostas, destinado a prender os cabelos.
Goiabeiro: aplica-se a quem vive de barganhas. Sinônimo popular: catireiro.
Gongó: variedade de pequeno peixe encontrado no rio São Francisco. Sinônimo popular: cascudo.
Iapa: extremidade larga e chata do chicote, destinada a estimular a alimária (Serro, vale do rio Jequitinhonha).
Inguengado: perrengue, fraco adoentado. Isquitinha: migalha, osga.
Jatium: mosquito da classe do transmissor de impaludismo (vale do rio Jequitinhonha). Sinônimo populares: pernilongo, muriçoca, moçorongo.
Jurabé: diabo.
Laquera: agitação, inquietação infantil
Madre: útero. Sinônimo popular: mãe-de-corpo que também significa placenta, secundina.
Miçangueiro: aquele que leva ao mercado consumidor o produto de sua própria horta ou lavoura
Moa(ô): termo pejorativo que designa grupinho suspeito de pessoas
Negrinha: suporte para coador de café. Sinônimo populares: aparadeira, boneca, mancebo, mariquinha, mariquita.
Paiporô: tolo, abobalhado. Sinônimo popular: mané-besta Pateco: grande relógio de bolso Sinônimo popular: cebolão.
Patola: preguiçoso, moleirão
Pigarro:estronca, escora de cabeçalho de carro de boi
Prancha: égua.Sinônimo popular: pichorra.
Quiabar: desfazer negócio já realizado.
Riúna: aplica-se à roupa larga no corpo, mal-ajambrada, que é paga ao recruta, quando senta praça no quartel. Sinônimo popular: jegue.
Sufregante: átimo, abrir e fechar de olhos, fração mínima de tempo.
Troar: fugir ou sair depressa, correndo.
Vacavém: parte traseira do carro de boi ou travessa que prende a extremidade posterior das chedas.
Varsal: cada um dos figurantes não graduados da guarda de moçambique e, por extensão, de qualquer guarda de Nossa Senhora do Rosário.
  • Gírias Paranaenses

Amolar: incomodar
Anca: quadril
Andeja: andarilha
Aparecido: fantasma
Apoitar: amarrar na poita, atracar
Avacalhar: desmoralizar
Baita ou bruta: muito grande
Basculhar: procurar
Bedelhar ou bisbilhotar: imiscuir-se na vida alheia
Boanoitou: anoiteceu
Boleiro: mentiroso
Bochuda: grávida
Cainho: sovina
Campeando: procurando
Canja: fácil
Carpir: capinar
Ciar: ter ciúmes
Desgarrado: perdido
Enjerizado: mal-humorado
Entendida: parteira
Entojado: convencido
Esquentado: irascível
Estrepou-se: saiu-se mal
Fiote: ânus
Gambito: perna fina
Ganja: atenção demasiada
Garrei: comecei
Guela ou grugumilo: garganta
Jaguara: ordinário
Já hojinho: há pouco tempo
Jururu: triste
Lombo: costas
Macambúzio: triste
Mundeado: viajado
Pança: barriga
Paquera: intestinos
Perca: aborto
Pinchar: jogar
Pitoco: rabo curto
Prosa: convencido ou conversador
Recoluta: reunir o gado extraviado
Relar: ralar
Saído: confiado
Sapé: galhos secos do pinheiro
Sobejar: sobrar
Sura: sem rabo
Taimbé: precipício
Teatinando: vagando
Traste: coisa sem valor
Trelar: conversar
Tropicar: propeçar
Varou: atravessou
Volteada: pequeno passeio

  • Gírias Paulistanas

Arranchar: acampar, estabelecer moradia, fixar-se (vem de rancho e se origina do linguajar tropeiro)
Arribar: chegar
Assuntar: perguntarm inquirir, também meditar
Assustado: baile de improviso, função
Banzé: desordem, briga, confusão
Batuta: excelente, ótimo. Usado para dar nome a animais domésticos.
Biriba: o mesmo que caipira ou tropeiro. Também é um jogo de cartas
Bizarria: esforço, bravura, valentia. Como vai essa bizarria?
Boneca: espiga de milho madura. O milharal fica então embonecado
Breganhar: substantivo e verbo. Troca, barganha
Cacunda: costas, ombro, corcunda
Cafundó: lugar distante, ermo, desértico. Morar no cafundó, ir para o cafundó. Curiosamente tornou-se um nome de família.
Caipirismo: coisa, mancada, atitude de caipira. Caipirada
Calumbo (calombo): inchação, protuberância, acidente do terreno
Cambito: pau para amarilho, perna fina
Carne-de-vaca: coisa muito comum, vulgar, banal
Casamento de espanhol: sol e chuva
Casamento de raposa: sol e chuva
Catinga: mau cheiro, fedor
Catingueiro: capinzal que cresce em lugares altos, a salvo da geada; outro nome do veado campeiro Cheiro de história(s): vaidoso, enjoado,
complicado
Chucro: bravo, não domado, ignorante
Chupim (chopim): parasita.
Coco: armadilha para peixe
Colher-torta: intrometido, não chamado à conversa.
Dependura (estar na...): sem dinheiro, pronto
Diacho: diabo, amolação. Que diacho!
Direito: sério, correto; moça direita
Direitura: indicativo de rumo, direção
Empinar: corcovear o cavalo; levantar, erguer no espaço
Esganação: apetite, gula, devorar o alimento com sofreguidão (esganado)
Estrupício: desordem, barulho, chatice
Farofa: gabolice, contar garganta
Faxina: mato sujo; limpeza (termo de origem militar)
Folgazão:mestre de reza, violeiro
Função: baile, fandango
Grana: dinheiro
Historiada: coisa complicada
Impacado (empacado): cavalo ou boi que não sai do lugar
Impipocado (empipocado): criar pipocas ou borbulhas na pele. Próprio dos variolosos.
Jacá: cesto ou bruaca de taquara
Juda(s): substantivo e adjetivo de remota conotação anti-semítica. Traidor, palhaço, falso. Boneco de pano malhado na Aleluia. "Malhar o judas".
Levado: peralta, moleque; moça leviana (levada)
Mal (O): designação popular da lepra, evitando a palavra terrível
Matungo: cavalo velho ou lerdo
Mecê: Vossa Mercê; você (ocê)
Moça: jovem senhorita (conotação diferente do Nordeste)
Moda: cantiga de viola (cantiga de moda)
Mundana: mulher da vida (do mundo)
No mais: ademais, além disso
Pacuera: as entranhas. Conjunto de traquéia, bofes, coração, fígado e baço de alguns animais, especialmente o boi, carneiro e porco.
Pôr as pacueras de fora: pôr o peito, os sentimentos à mostra.
Pagode: festa, baile, farra. Pagode popular. O equivalente a pândega. Visível orientalismo.
Pajem: moça ou menina que toma conta de criança pequena
Pamonha: lerdo, mole, sem préstimo
Pantomima: comédia, encenação, drama de circo
Pidonho(a): pidão, pedichão
Pito: cachimbo de barro, com canudo (canudo de pito). Hoje, sinônimo de cigarro: Me dá um pito. Também repressão, advertência.
Pururuca: couro torrado, torresmo
Puta: prostituta, usado correntemente no sentido de grande, enormidade
Quirera: mistura de milho e farelo própria para pintos e galinhas; coisa insignificante
Rabeira: ficar para trás, o último colocado
Rabicho: peça do arreio. O termo é usado também para significar atração sensual, amor constante, namoro
Repassar: remontar, revisar. Repassar o cavalo.
Sacudido: forte, valente, saudável
Sapeca: levada, leviana; carne mal-passada (sapecada)
Sororoca: rumor da respiração dos moribundos. Está com sororoca: está morrendo.
Sufragante: flagrante, surpresa; a "parte" (jurídico)
Supimpa: ótimo, excelente
Sustância (substância): força, coragem, energia
Tapera: casa velha e abandonada, ameaçando ruína; decadência
Toada: ritmo, marcação, marcha. Seguir numa toada.
Tobiano: raça cavalar de criação do brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (Aluísio de Almeida); cavalo pampa ou malhado
Trabucar: trabalhar. "Quem não trabuca, não manduca" (provérbio citado por Amadeu Amaral)
Trabuco: garrucha
Trucar: provocar o adversário no jogo de truco; donde, trucada
Turuna: ótimo, excelente, bacana, cutuba. Usado para dar nome a animais domésticos
Tutu: virado de feijão (tutu-de-feijão). Empregado em relação às mulheres de formas atraentes: É um tutu.
Varar: atravessar, romper. Varei o campo, varei o caminho. Muito usada a expressão varei a noite, no sentido de passá-la em claro; donde varação
("varar" canoas em terra)
Velhacar: assustar, empinar o cavalo; de velhaco

  1. Frases Feitas e Expressões Verbais

Bater na cangalha para o burro entender: falar por indiretas
Beber água que passarinho não bebe: beber pinga, cachaça
Botar os podres pra fora: falar toda a verdade, mesmo aquilo de que se envergonhe; usar de franqueza
Burro como uma porta: tapado, rude; grosseirão, ignorante
Cair das nuvens: surpresa diante do inesperado, de acontecimento que não era previsto e com o qual se decepciona
Chover no molhado: insistir sem resultado prático, ou ensinar a quem não tem interesse algum em aprender ou que não tenha capacidade intelectual para a
percepção. Sinônimos populares no campo da fraseologia popular em Minas: pregar no deserto, malhar em ferro frio.
De pá virada: aplica-se a menino levado da breca, endiabrado, traquinas
De com força: com força
De já hoje: há pouco
De maior: maior, referindo-se à idade de alguém
De primeiro: antigamente
Descer solta de toa (ô): navegar de canoa, durante uma viagem longa, ao sabor das águas, sem remar, para descanso dos braços
Fazer cômodo: acordo, ajuste (Bambui, oeste de Minas)
Fazer vista grossa: omitir-se, fazendo de conta que não vê, embora tenha a responsabilidade de advertir Ficar da banda podre: entre duas posições, ser
colocado do lado antipático
Ficar de orelha em pé: ser cauteloso; desconfiado; ou estar preparado contra algo que levante suspeita
Ficar de tanga chupando manga: cair em estado de miséria ou levar grande desvantagem no negócio
Ficar no bem-bom: colocar-se a pessoa de quem se fala do lado melhor, por má-fé
Ir a vaca pro brejo: perder o que se esperava ganho; ou descambar para a violência
Ir para o beleléu: morrer; ou falir, empobrecer, cair em estado de miséria
Na bacia das almas: quase de graça, barato, pechincha, negócio da China, por preço de galinha morta
Não ser filho de pai assombrado: destemido, corajoso
Não ter estrela (às vezes, complementa-se com "na testa"):com tal frase justifica-se a desconfiança sem base
Não valer um tostão furado:frase depreciativa, com a qual se torna ínfimo o valor de alguém, de animal ou coisa
No pé da letra: diz-se da resposta ou reação incontinenti
Palavra de rei: garantia de compromisso verbal
Passar mel na boca: enganar ardilosamente, iludir com falsos elogios
Pescar de rodada: pescaria de anzol que se faz no São Francisco enquanto se navega, de canoa, viajando rio abaixo
Perder a tramontana: sair do sério, romper o equilíbrio emocional, perder a calma, partir para a ignorância
Podre de rico: riquíssimo, endinheirado
Pôr a mão na consciência: advertência para que se medite no erro em que se incorreu ou pode incorrer
Por um triz: aplica-se à ocorrência que por pouco não se realizou e que, dado o caso, traria dificuldades ou prejuízo
Pular de ponta cabeça: com a cabeça para baixo e as pernas para cima, em geral dentro da água
Rabo de foguete: tarefa espinhosa e, por natureza, difícil de ser cumprida
Santo do pau oco : na fala vulgar, significa pessoa de falsa pureza ou moral fingida
Saúde de ferro: aplica-se a quem nunca adoeçe
Sono de pedra: aplica-se a quem não acorda fácil, que tem o sono pesado
Subir na tamanca: reagir, perder o bom senso, irritar-se com uma pessoa
Surdo como uma porta: surdez bastante acentuada.
Sinônimo popular: surdo como tíu.
Ter sangue no olho: valente, corajoso
Tirar o cavalinho da chuva: desistir
Verdade nua e crua: aquela que envergonha, fere ou desmoraliza
Aço - Meter o aço: levar de roldão. Fazer algo de forma impetuosa e violenta.
Adão - Nos tempos em que Adão era cadete: antigamente, nos tempos antigos
Alho - Ser um alho: ser vivo, esperto, ladino.
Passado na casca do alho: esperto, sagaz, matreiro
André - Ficar André: encabular, encalistrar
Arara - Comer arara: ser tolo, atrasado, ingênuo. Possível conotação com o índio brasileiro, comedor de pássaros.
Ariri - Ser ariri de festa: não perder uma festa, estar em todas. Alusão à grácil palmeira ariri, ornato obrigatório em festas de arraial e celebrada
por João Lisboa, ao descrever a festa de Nossa Senhora dos Remédios, em São Luís.
Arromba - Festa de arromba: festa supimpa, farra grossa.
Bacuri - É uma porta de bacuri: qualidade de ser bronco, rude, obtuso. Evidente conotação com a rijeza da tábua do bacuri, que outrora era empregada em
assoalho no Maranhão.
Barulho - Caçar barulho: procurar confusão, encrenca
Beirada - Correr beirada: andar de casa em casa ou pelos cantos de rua farejando novidades. O mesmo que correr coxia.
Besta - Besta que amarga: apresentar o que não é, posudo, presunçoso
Bico - Baixar o bico: beber, meter-se na cama
Boca- Fazer uma boquinha: fazer um repasto ligeiro, manducação leve
Boi - Assim meu boi não dança: desse jeito não vai. Alusão à dança do bumba-meu-boi.
Bugiar - Vá bugiar: vá adiante, não amole, vá importunar outro
Cacau - Ser o bicho cacau: ser o tal, o melhor de todos
Cachimbo - Bater o cachimbo: morrer
Cachorrinha - Chegar puxando a cachorrinha: chegar na miséria, na banha
Caderno - Botar no caderno de alguém: pôr na lista negra, marcar alguém
Camarote - Assistir de camarote: não tomar partido numa disputa, olhar do alto os acontecimentos
Campo d'Ourique - Revés Campo d'Ourique: certo, correto, perfeito
Carepa - Levada da carepa: o mesmo que levada da breca
Caxias - Deixar o barco rolar ou correr pra Caxias: não fazer caso das coisas. Alusão às lutas pela independência do Maranhão e depois a Balaiada que conturbaram a cidade de Caxias.
Coisa - Aqui há coisa: desconfiar de algo.
Coisa-feita: feitiço, mandraca, mandinga. Não dizer coisa com coisa: não ligar duas palavras, falar sem nexo. Nem como coisa: não se dar por achado, não assuntar
Copas - Na primeira de copas: na primeira oportunidade
Curica - Empinar a curica: melhorar de situação. Curica, no Maranhão, entre outras acepções, tem a de pequeno papagaio de papel comum com talas de pindova ou buriti enfiadas em cruz.
Desvio - Estar no desvio ou empregado no desvio: sem emprego Dia de São Nunca: o dia 1º de novembro, que é o dia de Todos os Santos; em dia nenhum Doce - Dar um doce: prometer paga ou prêmio pela realização de algo difícil.
Dar o doce: contrair matrimônio
Engenheiro - Engenheiro de obras prontas: malandro, preguiçoso
Engolir - Engolir em cheio: o mesmo que engolir sapo, suportar calado uma afronta
Escada - Não ser escada: não contribuir para a ascensão de outrem no plano da vida
Facho - Sossegar o facho: aquietar-se, acalmar-se
Fevereiro - Só querer ser 31 de fevereiro: aparentar o que na realidade não é
Fina - Fazer uma fina: pregar uma peça a alguém
Fogo - arder em dois fogos: querer fazer duas coisas ao mesmo tempo
Folhinha - Só quer ser o que a folhinha não marca: querer bancar o importante, ostentar prestígio
Fósforo - Ser fósforo sem cabeça: não valer nada, não ter prestígio
Galinha - Quando galinha ciscar pra frente: no dia de São Nunca, em tempo algum
Ganja - Não dar ganja: não ligar importância, não dar atenção
Garapa - Isto é uma garapa: coisa malfeita, sem mérito. Isto é uma garapa azeda: idem
Gereba - Quebra gereba!: locução interjeitiva enunciada quando alguém quebra uma coisa. Em São Luís era comum a parlenda: Quebra gereba / Quando acabar de quebrar com esse / Quero ver com quem tu quebra
Gilete - Ser como gilete: cortar dos dois lados, não se definir, ficar dos dois lados
Gosma - Isto é uma gosma: diz-se de coisa mal-feita
Hora - Cheio de nove-horas: cheio de nicas, exigências
Imaginação - Comer pastel de imaginação: passar fome
Jaca - Estar por dentro como bago de jaca: ser senhor do assunto
Jacaré - Não ser pai de cascudo nem avô de jacaré: não ser besta, não servir de besta para alguém
Janambura - Do tempo da janambura: do tempo antigo, do onça, do ronca
Lamiré - Cheio de lamiré: cheio de prosápia, cascata. Antenor Nascentes em Tesouro da fraseologia brasileira, 16, registra a expressão dar alamiré, significando: "Dar pequena indicação que desperte a atenção ou a memória".
Macaca - Dar o tiro na macaca: não casar, ficar solteira
Mão - Do pé pra mão: num instante, o mesmo que da noite para o dia
Maré - Estar de maré: estar irritado, com azeite. Espiar maré: assuntar. Ir tomar banho na maré: ir amolar outrem
Maria - Não ser maria-vai-com-as-outras: ter personalidade
Mijo - Beber o mijo: comemorar o nascimento de um filho oferecendo vinho fino aos amigos
Miolo - estar de miolo mole: gira, dementado, palerma
Mitra - ser uma mitra: ladino, esperto, finório. Comum também a expressão ser mitrado, com idêntico sentido.
Moda - Cheio de nove-modas: o mesmo que cheio de lamiré
Moita - Ficar na moita: calar-se, guardar sigilo, recato
Mosca - Ser uma mosca-morta: apático, sem vontade, molenga
Negra - Falar mais do que a negra do leite: ser tagarela. A expressão é uma nítida reminescência dos tempos do cativeiro, quando as negras serviam de ama e aleitavam as crianças brancas. E deviam de ser palradoras, exímias contadoras de histórias.
Neves - Até aí morreu o Neves: ficar na mesma, isto é, não contribuir com nada para esclarecer um assunto
Nhô Zé - Ficar com cara de nhô Zé: ficar com cara de tolo, papalvo
Olhos - Entrar pelos olhos da cara: evidência indiscutível, o que está muito claro. Custar os olhos da cara: obter uma coisa com muito esforço; custar caro
Pá - Ser da pá virada: ser assanhada, levada da breca
Papelão - Fazer um papelão: cair no ridículo, ter péssimo desempenho
Pataca - Encontrar a árvore da pataca: enriquecer rapidamente
Pau - Pau-de-virar-tripa: magricela. Feito de dois paus: feito besta, com ar de tolo
Peixe - Nem carne nem peixe: nem uma coisa nem outra
Pistola - Marca pistola: de qualidade inferior
Rame-rame - Não sair desse rame-rame: não progredir nas coisas da vida; prender-se à rotina, à mesmice. Luís da Câmara Cascudo registra em Locuções tradicionais do Brasil, 313, a variante rame-rame, ou ramerrão.
Rede - Estar de rede armada: estar a cômodo, bem instalado. Ser de rede rasgada: não respeitar ninguém, ser desaforado
Repique - Ser repique de alguém: atrapalhar a vida de outrem. Alusão ao repique no jogo de bilhar francês.
Ronca - Do tempo do ronca: do tempo antigo, do onça
Sé - Querer colocar a Sé em Santaninha: querer o impossível. A igreja de Santaninha, erigida ao lado do antigo largo do Quartel, foi demolida há muito tempo e era uma pequena ermida que deveria caber duas vezes na Sé.
Seiscentos - Longe como seiscentos: lugar longínquo
Souza - Nem como seu Souza: desligado das coisas, alheado do mundo, indiferente
Suficiente - Não ser mais suficiente: não ser mais virgem
Três: Duas por três: a todo momento
Trinta-e-um: Bater o trinta-e-um: morrer
Trombone- Ser trombone: fazer o papel de leva-e-traz, de onze-letras
Unha - Ser carne e unha: devotar amizade incondicional a outrem
Vento - Comer sopa de vento: passar fome
Violão - Comigo não, violão: comigo a coisa é diferente